quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Amar, comer, comprar: quando o prazer vira problema

Na ficção e na vida real, mulheres exageradas no jeito de se apaixonar, se divertir e se cuidar sem saber colocam em perigo a autoestima e a felicidade. Conhece alguém assim? Aprenda a reconhecer os sinais de perigo e veja como é possível retomar as rédeas da vida

Na novela Salve Jorge, a delegada Helô, interpretada por Giovanna Antonelli, desconta suas frustrações nas compras: quanto mais séria a briga em casa ou o pepino no trabalho, maior é o estouro na fatura do cartão de crédito. Enquanto isso, Aída, papel de Natália do Valle, se desdobra (e paga vários micos) controlando cada passo da vida do namorado, que tem verdadeiro pavor das cenas de ciúme que ela apronta. Fora da televisão, comportamentos desse tipo, descontrolados, têm consequências piores do que as mostradas na ficção - até porque fazem parte da vida real. E se manifestam de diversas maneiras: comprar, comer, se exercitar, navegar na internet e até fazer sexo, quando vira compulsão, provoca um estrago emocional bem maior do que o alívio imediato que traz. São mais comuns do que a gente pensa, mas diferentes dos vícios no sentido clássico da palavra - uma viciada em compras, por exemplo, pode não ter crise de abstinência se não gastar, mas a vida sofre consequências tão devastadoras quanto às motivadas pelas drogas -, o que torna mais difícil reconhecer essa personalidade como problemática.

Fuga da realidade
Em excesso, até o que costuma fazer bem pode fazer mal. Malhar, transar e trabalhar, por exemplo. Quando perdem a função de divertir, dar prazer e expressar o que você tem de melhor e se tornam um meio de buscar autoafirmação ou fugir de alguma frustração, o mais certo é que essas atividades acabem provocando danos à saúde e um senhor prejuízo para a autoestima.

Mas como saber se um hábito que para você é natural está ganhando tons de compulsão? Para Sérgio Wajman, psicoterapeuta e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), a resposta está no impacto que a tal atitude excessiva tem na vida da pessoa - por exemplo, se virou o centro de tudo para ela. "A compulsão implica que outras atividades ou interesses se tornem secundários ou sem importância", fala. A jornalista Camila*, 32 anos, se reconhece aí. Bonita e vaidosa desde sempre, ela precisou de um chacoalhão de uma amiga para perceber que passar quatro horas por dia na academia, todo santo dia, desmarcar consulta no médico, reunião de trabalho e até encontro romântico para não perder um dia de treino não era normal. Sem falar no corpo, que estava ficando forte demais. "Me sentia tão bem depois de malhar que não imaginava que aquilo poderia me fazer mal", conta. Assim como ela, alguém que abre mão do lazer e dos momentos com a família para ficar horas a mais no escritório; que troca programas com a turma, perde horas de sono e atrasa tarefas no trabalho para ficar navegando na internet; ou que transa com o maior número de caras que consegue sem controle nem necessariamente ligar para o envolvimento afetivo pode estar passando do limite. Ainda que nem imagine.

Compras, dívidas e cia.
A cultura em que a gente vive, consumista, imediatista, exibicionista, é um estímulo ao exagero, qualquer que seja ele. "É um incentivo para a dificuldade de controlar os desejos, adiar vontades, ficar sem alguma coisa que (pelo menos supostamente) vai trazer prazer", diz Sérgio Wajman. O problema é que, no caso das compulsivas, essa satisfação dura pouco tempo. Para as compradoras, o endividamento não demora a bagunçar as relações familiares, afetivas e profissionais. Quem desconta as frustrações na comida não precisa terminar o prato para se arrepender do exagero nem tarda para desenvolver transtornos de alimentação como bulimia ou anorexia.

A comissária de bordo paulistana Fernanda* que o diga. Entre sapatos, roupas e uma dívida imensa, a mania de comprar custou amizades e a confiança da família. Frequentadora de um grupo de apoio há quase dez anos, ela hoje entende os comportamentos que levaram à doença e aprendeu a separar emoções e dinheiro. Se está pensando em adiar para sempre a ida ao shopping, alto lá: comprar algo por impulso de vez em quando faz parte da nossa natureza. O consumo compulsivo, esse, sim, é um problema e afeta cerca de 5% da população mundial, a maioria mulheres.

Meu bem, meu mal
Sentir ciúme é natural, em algum grau e algum momento, e acomete todo mundo. O erro está em achar que ele soma sentimento ou acrescenta charme a um relacionamento. Para o psiquiatra Eduardo Ferreira-Santos, autor do livro Ciúme: o Medo da Perda (editora Claridade), o ­ciúme é o veneno e não o tempero de uma relação. Assim como uma dor, indica que algo está errado com a pessoa que o sente - nesse caso, geralmente insegurança ou medo de perder o objeto do amor. Exatamente como faz a passional Aída, de Salve Jorge, que demonstra o amor de forma desesperada, chega a seguir o namorado e xeretar o celular dele. Se Nunes, o objeto da paixão, reclama, ela rebate: "Te incomoda ser amado?!". E ameaça: "Se você for embora, vou me matar!". Eduardo Ferreira-Santos é categórico. "Saudável é o cuidado com o outro; o ciúme é negativo e egoísta, pois revela apenas a preocupação consigo mesma."

A psicóloga Ana Márcia Mello Pereira, coordenadora do grupo de apoio Mulherespontocom, do Rio de Janeiro, explica que a obsessão amorosa é algo que domina a pessoa e costuma resultar em rompimentos desastrosos. Como foi o da última relação da carioca Stella*. O que começou com uma paixão de verão por um rapaz de outro estado virou um tormento na vida da fisioterapeuta. "Como morávamos longe um do outro, morria de medo de perdê-lo. Até que ele mudou para a minha cidade e a coisa saiu do controle", conta. A marcação cerrada para saber tudo o que o rapaz fazia rendeu cenas públicas de ciúme, brigas sem fim, noites em claro e intervenção da família e dos amigos. Foi só depois que a relação acabou que Stella sacou que o problema era ela e procurou terapia. "Hoje vejo que idealizava e não enxergava defeitos no meu ex-namorado", conta. "Minha insegurança me fazia imaginar que estava sendo traída o tempo inteiro", lembra.

Segundo os especialistas, as compulsões não têm cura. O tratamento começa reconhecendo que você precisa de ajuda. Uma saída é procurar um grupo de apoio - existem vários, voltados para compulsões específicas e que reúnem pes-soas na mesma situação, o que contribui para enfrentar o problema. Mesmo sujeita a recaídas, é o start para retomar o comando da própria vida.

*Os nomes foram trocados para preservar a identidade das entrevistadas.

OPERAÇÃO DETOX
Com autoconhecimento e coragem para ver o problema e buscar ajuda, é possível se livrar de uma compulsão

Admita o problema É preciso se conhecer bem para perceber quando o hábito nocivo começa a comandar você, e não o contrário. Escutar os amigos e a família também é fundamental, já que a cegueira para a doença é um denominador comum em vários tipos de compulsão.

Entenda as causas As causas do transtorno são várias: hereditariedade, personalidade, história de vida e até alterações nos neurotransmissores. Algumas pessoas têm um déficit de dopamina (substância que garante o bem-estar) e, quando experimentam determinadas situações de prazer, que elevam os níveis de dopamina no cérebro, podem acabar ficando viciadas, dependendo do seu estado emocional.

Fuja do perigo Manter distância de lugares ou situação que desencadeia um episódio de compulsão é um jeito de evitar tentação. Mesmo que diga a si mesma que vai se segurar, é comum a pessoa simplesmente não conseguir controlar o acesso.

Busque ajuda Se abrir sobre o problema com uma amiga, um parente, um grupo de apoio ou um psicólogo é determinante para escolher o melhor tratamento.

O álcool está engordando você?

As mulheres, especialmente as mais jovens, estão bebendo tanto quanto os homens. O que regulam no prato, elas liberam no copo e, de gole em gole, vão extrapolando nas calorias. Então, antes do próximo chope, saiba como o álcool pode ser perigoso para suas curvas e sua saúde

"Alguém nesta cidade tem alguma sugestão para fazer hoje à noite que não seja beber até cair?", postou outro dia no Facebook uma jovem na faixa dos 30 anos. O comentário expõe um comportamento difundido entre a moçada - e não estamos falando dos rapazes, não! É cada vez mais comum encontrar mulheres abusando de bebidas nas festas e nos bares. Em turma, elas vão tomando uma, duas, três, quatro, cinco doses...

De fato, as brasileiras estão bebendo mais. As jovens, entre 18 e 34 anos, consomem o triplo de álcool que as mais velhas; e antes dos 35 anos muitas estão dependentes da bebida (precisam de doses mais altas para obter o mesmo efeito e apresentam sintomas como tremor e dor de cabeça na ausência do álcool). Esses dados foram revelados por uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) que ouviu 5 037 adultos da região metropolitana de São Paulo e integra um levantamento global da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mulheres jovens (abaixo de 24 anos) e homens na meia-idade (após os 45 anos) lideram o uso abusivo (ou problemático), fase anterior à dependência, quando a pessoa passa a ter prejuízos pelo consumo frequente, como queda no rendimento no trabalho ou estudo, brigas na família, acidentes de carro. No passado, para cada cinco usuários problemáticos, havia uma mulher. Hoje, a proporção é de um para um. "Essas bebedoras desconhecem o limite físico: não sabem que o organismo feminino é mais sensível aos efeitos do álcool", diz a psiquiatra Camila Magalhães, principal autora do estudo.

Também preocupa o crescimento no padrão binge drinking, isto é, beber pesado, que para as mulheres significa tomar mais de quatro doses numa mesma ocasião (para os homens são cinco). "Às vezes, é difícil para uma garota resistir. Ela argumenta que na balada todo mundo bebe e não quer ficar de fora", explica o psiquiatra Arthur Guerra, supervisor do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas (GREA) da USP. Ele contra-argumenta afirmando que, entre os vários prejuízos, o álcool é calórico e pode engordar.

Exagero de calorias
O álcool engorda mesmo! Para dar uma ideia do impacto da bebida na silhueta, Adriana Kachani, nutricionista do Programa da Mulher Dependente Química (Promud) do Instituto de Psiquiatra da USP, compara: "Numa pizzaria, é comum as pessoas se controlarem para não comer três pedaços de pizza, mas bebem facilmente três chopes pensando que estão economizando calorias". Só que 1 grama de carboidrato tem 4 calorias, assim como a proteína. A mesma quantidade de álcool oferece bem mais: 7,1 calorias, e a gordura 9.

Também é bom lembrar que a bebida não tem só álcool. Uma caipirinha, feita com açúcar e frutas, chega facilmente a 300 calorias. O álcool oferece outro risco à balança: ativa a secreção de cortisol, que estimula as células a armazenarem gordura no abdômen. Um estudo da Faculdade de Nutrição da Universidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, com 178 universitárias, relacionou o consumo de bebidas alcoólicas à gordura corporal. E o valor médio da gordura concentrada ao redor da cintura (o tipo mais perigoso para o coração!) foi maior entre as participantes que relataram beber.

Se você acha que a culpa é só da cerveja, esqueça! A moda de misturar vodca com energético fornece assombrosas 470 calorias. Para piorar, as frituras servidas como acompanhamento extrapolam nas gorduras. Numa conta rápida: se comer quatro croquetes (cada um tem 87 calorias) e beber uma dose de vodca com energético, você terá ingerido 818 calorias, o valor de uma farta refeição.

Trabalhos internacionais demonstraram que, independentemente do tipo de bebida, ela favorece a obesidade e as doenças associadas. A cientista Janne Tolstrup, do Instituto Nacional de Saúde Pública da Dinamarca, estudou 43 543 homens e mulheres e também verificou ganho de peso, sobretudo na altura da cintura, entre os bebedores moderados e aqueles que exageram vez ou outra. Já nos dependentes, acontece o oposto. Bebe-se tanto que a bebida passa a mascarar a fome; substitui o consumo de alimentos como fonte de energia e nutrientes, o que acarreta desnutrição e perda de peso acentuada, que não tem nada de saudável.

Sem guerra dos sexos
Não dá para defender a igualdade nesse ponto. O homem e a mulher reagem de modo diferente ao álcool em função de suas características orgânicas. "A quantidade de água no nosso corpo é menor. Se bebermos uma latinha de cerveja, teremos 30% a mais de álcool em circulação do que eles", diz Zila Sanchez, farmacêutica especializada em dependência de drogas e pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), da Unifesp. Além disso, as mulheres produzem menos a enzima encarregada de metabolizar o álcool. E, nos dias próximos à menstruação, a sensibilidade ao álcool é maior, favorecendo a embriaguez com doses menores e o risco de desenvolver dependência mais cedo.

O uso constante e abusivo pode interferir nos ciclos menstruais, alterando a ovulação e a fertilidade; eleva o risco de câncer (mama, colorretal, boca, laringe, esôfago, fígado e intestino); aumenta a vulnerabilidade à depressão; e provoca doenças digestivas, hepatite, cirrose e tarquicardia. Nos casos extremos, pode haver intoxicação alcoólica, coma e morte. "As usuárias frequentes desenvolvem doenças graves mais rapidamente do que os homens, como fígado gorduroso, hipertensão e anemia", informa a pesquisadora Priscila Lopes Pereira, da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Prejuízos graves
Os especialistas lembram que, no dia seguinte, pior do que a ressaca física (dores de cabeça, náuseas, vômito) é a ressaca moral (sensação de culpa e vergonha). Depois de deixar as pessoas eufóricas e desinibidas, o álcool atua como depressor do sistema nervoso central. Ele baixa a percepção do perigo e, com isso, perde-se a noção de certo e errado. "Cresce a vulnerabilidade a comportamentos de risco, entenda-se, fazer algo que não faria em condições normais, como transar com um estranho; subir em cima da mesa e fazer strip-tease. Para isso, você não precisa beber até cair. Desde a primeira dose já se expõe a risco. Quanto mais abusar, maiores os riscos", alerta Zila. Assim, além do perigo de dar vexame, há risco de sexo desprotegido, gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis e atos de violência. Como se fosse pouco, há outro inconveniente: "Um dia após a bebedeira, você acorda com tamanha fome que é alto o risco de comer demais e o que não deve", lembra Adriana Kachani. Por isso, não vá com tanta sede ao copo.

De olho no copo...
Veja quantas calorias você consome ao beber na balada, happy hour, no churrasco...
• 1 tulipa (300 ml) de chope: 180 cal
• 1 lata (350 ml) de cerveja: 150 cal
• 1 taça (140 ml) de vinho: 93 cal
• 1 dose (100 ml) de prosecco: 71 cal
• 1 dose (50 ml) de vodca: 120 cal
• 1 dose (50 ml) de tequila: 108 cal
• 1 dose (50 ml) de uísque: 125 cal
• 1 copo (200 ml) de caipirinha de pinga ou saquê com açúcar: 300 cal
• 1 copo (200 ml) de gin tônica: 183 cal
• 1 copo (200 ml) de vodca com energético: 470 cal

...e nos petiscos
As comidinhas que acompanham essas bebidas também são calóricas e engordam
• 1 croquete (30 g) de carne: 87 cal
• 1 porção (100 g, em torno de 20 palitos) de batatinhas fritas: 140 cal
• 1 porção (100 g) de salame: 250 cal
• 5 pedaços (75 g) de provolone à milanesa: 360 cal

Calorias fornecidas pela nutricionista Adriana Kachani, do Promud.

Para não passar da conta
• O recomendado para as mulheres é beber no máximo uma dose, o equivalente a uma latinha (350 ml) de cerveja, uma taça (140 ml) de vinho ou uma dose (50 ml) de uísque, sem ser em dias consecutivos.

• Em jejum, o álcool "sobe mais rápido". Então, nada de sair de casa sem jantar para "economizar calorias". Coma alimentos leves: verduras, carnes magras e frutas.

• No bar, escolha petiscos magros: tomate-cereja, azeitona, fundo de alcachofra, tremoço, conservas sem muito azeite, champignon, queijos magros e frios como peito de peru ou chester.

• Prefira bebidas que podem ser consumidas aos poucos, como caipirinha, gin tônica e faça aquela dose render a noite inteira: ponha bastante gelo, intercale com água e dê goles pequenos. "O álcool é volátil", lembra Adriana Kachani. "Basta molhar a língua que ele já preenche sua boca com o gosto característico."

• Caipirinha de limão e pinga ou saquê com açúcar tem cerca de 300 calorias. Se trocar o açúcar pelo adoçante, o valor calórico cai para 190.

• Não misture álcool com energético. Além de calórico, esse drinque tem carboidrato, cafeína e outros compostos que fornecem energia. Sentindo-se mais disposta, você tende a beber mais.

• Observe o volume consumido: você toma só um copo de caipirinha? E o "chorinho", você despreza? Quanto cabe na sua taça de vinho: só 140 mililitros mesmo? A quantidade a mais não contabilizada faz diferença na balança!

Você é dependente de elogios?

Descubra como se libertar desse vício e aprender a caminhar com suas próprias pernas

Quando terminou o namoro de mais de dois anos, a publicitária Mariana Resende Nogueira, 33 anos, ficou sem chão. Também pela solidão a que não estava acostumada e pela tristeza de ver desmanchar os planos que tinha com o ex. Mas principalmente por perder aquilo que mais adorava no rapaz: "Ele fazia eu me sentir linda", lembra. "Dizia o tempo todo que eu era incrível, elogiava meu jeito de vestir, falava que eu era demais na cama." Sem saber para onde ir, Mariana teve que voltar para a terapia. Algumas sessões e muito choro depois, percebeu que, independentemente do amor que acabara, o que ela gostaria de ter de volta era a bajulação do rapaz. Não há quem não goste de receber elogios. Eles são como vitaminas para a autoestima: fazem a gente se sentir mais forte e confirmam que estamos no caminho certo. O problema é quando se passa a depender deles para dar um passo. "Isso acontece quando a pessoa, sem autoconfiança, duvida de si mesma e da sua capacidade. Então, precisa que a aprovação venha de fora", explica a psicoterapeuta Cecília Zylberstajn, de São Paulo. "Para ela, o outro é como um espelho: é só através dele que a insegura se reconhece." Por isso é que, quando o "espelho" de Mariana parou de dizer que ela era tudo de bom, a moça ficou sem identidade. "Não queria sair de casa. Me achava feia, inadequada, pensava que ia falar a coisa errada na hora errada", conta.

Palmas para mim 
No caso da publicitária, foi uma fase que ela garante ter superado. O baque do rompimento derrubou a autoestima dela e, por um período, a fez duvidar de que seria capaz de amar e ser amada outra vez. "Pode acontecer também depois de uma demissão, uma decepção com um amigo ou outra experiência que abale um relacionamento ou uma situa-ção em que você apostava muito", explica a psicoterapeuta Poema Ribeiro, da clínica terapêutica São Francisco Xavier, em São Paulo.

Mas tem gente que é assim o tempo todo: se desdobra a fim de colecionar amostras da admiração alheia como uma forma de camuflar as próprias fraquezas. "Como, no fundo, a pessoa não acredita que merece o elogio, precisa que ele seja repetido o tempo todo. Funciona como uma droga mesmo, de que ela sempre precisa mais", fala Cecília Zylberstajn. Essa "caçadora de aplausos" costuma ser especialista em atraí-los. "Ela age de olho no reconhecimento que vai receber e de maneira a não dar brecha para críticas", descreve o psiquiatra e psicoterapeuta Eduardo Ferreira-Santos, de São Paulo. "Desse modo, evita se expor e ousar, porque prefere apostar naquilo que dá retorno certo a correr o risco de errar."

Caça aos louros 
Embora o comportamento seja muito nocivo ao crescimento pessoal e profissional, é bem provável que você já tenha cruzado com alguém assim no ambiente de trabalho. Como o colega que fecha a cara porque o chefe não faz festa quando ele atinge a meta de desempenho pela décima vez. Ou o outro, que fica mal quando não ganha parabéns por ter entregue no prazo o relatório impecável. Parece trivial, mas a coisa é séria. A competitividade e a obrigação de mostrar resultado deixam muita gente insegura e acabam afetando não só as relações de trabalho mas também o bolso. Uma pesquisa feita com estudantes universitários e publicada na revista americana Journal of Personality dá pista disso: revelou que a maioria dos jovens dá mais valor a receber um elogio ou cumprimento por ter se saído bem em uma prova do que sair com os amigos, fazer sexo ou ganhar um bom salário.

E quando a recompensa não vem? 
Desde criança a gente aprende que ganhar a aprovação do outro faz bem e motiva a continuar fazendo a coisa certa na escola, nos esportes, em casa. Isso porque, na fase de formação da personalidade, os pequenos acreditam ser aquilo que os pais dizem (o espelho, lembra?). Quando você cresce e cria seu próprio repertório de interesses, gostos e valores, o mais saudável é que deixe de depender desse empurrãozinho de fora para caminhar sozinha. Mas nem sempre é assim. Para quem se acostumou a viver à base de confete, a consequência quando ele não vem é frustração, ansiedade e tristeza. Sem falar no sentimento de revolta e agressividade, que pode colocar em você o rótulo de mimada ou arrogante.

Como em toda dependência, para se livrar dela é preciso primeiro admiti-la - o que é o grande desafio. Olhando para si mesma, em um esforço para se conhecer e descobrir aquilo que a faz feliz (assim como o que não quer para a sua vida), você chega lá e conquista autoconfiança. Isso, sim, é independência.

"Como a pessoa não acredita que merece o elogio, precisa que ele seja repetido o tempo todo. Funciona como uma droga." - Cecília Zylberstajn, psicoterapeuta de São Paulo

Proclame sua independênciaEsse comportamento é mais comum do que a gente imagina, mas nem sempre é fácil reconhecer que se é presa dele. Analise suas atitudes e saiba como agir para se libertar

• Se você... - Está sempre na expectativa da reação dos outros para o que faz ou fala e, por isso, deixa de agir com naturalidade.

Antídoto - Mude o foco para você, assumindo seu estilo, suas ideias e suas opiniões. Se parecer ousada demais, não tenha medo. Arriscar-se é uma atitude típica das pessoas autoconfiantes.

• Se você... - Vive se comparando com as outras mulheres.

Antídoto - Termine o dia recapitulando coisas que fez hoje e a deixaram orgulhosa de si mesma - pode ser uma gentileza, uma resposta inteligente para o chefe ou o seu penteado do dia. Você vai ver que há motivos de sobra para se admirar e ser admirada.

• Se você... - Tem dificuldade para falar "não".

Antídoto - Pratique essa palavrinha como uma forma de se colocar em primeiro lugar na sua vida e se recusar a fazer coisas que não quer. "Não se trata de egoísmo, mas de se conhecer e se respeitar", fala Cecília Zylberstajn.

• Se você... - Fica mal quando alguém faz um comentário atravessado sobre sua roupa.

Antídoto - Em primeiro lugar, veja de onde veio a opinião. "Antes de levar a sério, é importante avaliar quem falou e com qual intenção", diz Eduardo Ferreira-Santos. Ou seja, se for alguém que você não respeita, não admira ou que falou só para provocar, não tem por que esquentar a cabeça.

• Se você... - Nunca elogia ninguém.

Antídoto - Experimente fazer isso de vez em quando. Se é sincero, o elogio mostra que você sabe olhar para fora de si mesma e reconhecer o valor do próximo, sem medo da comparação ou da competição.

Batata doce ou inglesa: qual a melhor para a sua saúde?


Os dois alimentos são fontes ricas de carboidratos, mas um deles é mais nutritivo. Descubra qual batata deve ter preferência no seu cardápio.


Não se engane pelo empate - a batata doce ainda sai ganhando.
Foto: Bruno Marçal
Entre os dois tubérculos, quem merece mais espaço à mesa é a batata-doce. "Ela é fonte de cálcio, ferro, fósforo, potássio, vitaminas A, C e E, além das do complexo B", descreve a nutricionista Andréa Santa Rosa Garcia, do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional. A inglesa, por sua vez, tem alto índice glicêmico e, por isso, faz a glicose e a insulina dispararem no sangue. "Em excesso, a insulina incentiva o armazenamento de gordura, sobretudo na região abdominal", conta a especialista.

Já a doce não tem esse mesmo efeito porque reúne o dobro de fibras - logo, a liberação de açúcar na circulação ocorre lentamente e não há necessidade de um montão de insulina entrar na jogada. As fibras também são vantajosas porque aumentam a sensação de saciedade, evitando, assim, ataques desenfreados de gula. Mas nada de exageros: seja qual for a sua escolha, os tubérculos são fontes de carboidratos e o abuso pesa na cintura. Coma, no máximo, metade de uma batata por dia.

Veja a comparação de 100 gramas de cada batata de acordo com a tabela brasileira de composição de alimentos (TACO/UNICAMP).
 

Energia

Batata-inglesa - 52 cal
Batata-doce - 77 cal
 

Carboidratos

Batata-inglesa - 11,9 g
Batata-doce - 18,4 g
 

Fibras

Batata-doce - 2,2 g
Batata-inglesa - 1,3 g
 

Cálcio

Batata-doce - 17 mg
Batata-inglesa - 4 mg
 

Potássio

Batata-inglesa - 161 mg
Batata-doce - 148 mg
 

Vitaminas

Batata-doce - 23,8 mg
Batata-inglesa - 3,8 mg
 

Placar SAÚDE

Batata-inglesa 3 x Batata-doce
3

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Milagroso Fitoterápico Que Reduz até 15Kg em 4 Semanas Chega ao Brasil

Este relatório foi criado para expor a verdade por trás de uma dieta muito esquisita!

Giovanna Antonelli perdeu 15 kg de gordura estomacal em apenas 1 mês seguindo esta única dica de dieta! Uma estranha solução para perda de peso que está, rapidamente, ganhando popularidade no Brasil e no mundo.
Nos últimos dois meses nossos leitores estão enlouquecidos por um produto natural de dieta que vem ajudando pessoas ao redor do mundo todo a perder gordura corporal. Este produto teve destaque em vários programas de TV.
Diversas celebridades como a Giovanna Antonelli perderam uma grande quantia de gordura corporal com esta dieta milagrosa. A eliminação por ervas é clinicamente comprovada por limpar todas impurezas do seu corpo e derreter a gordura sem prejudicá-lo. Continue lendo e você irá descobrir porque criamos esta reportagem especial.
Especialistas da universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, recentemente divulgaram a realização de uma longa pesquisa com o produto natural “Goji Actives” O composto fitoterápico, até pouco tempo ignorado pelos nutricionistas mais prestigiados, revelou ser um dos suplementos naturais mais eficazes do mundo para perda de peso em casos de obesidade mórbida, problema que atinge 26,5% dos americanos.
Os resultados foram tão promissores que deram impulso a novas pesquisas com intuito de medir os efeitos do produto nos níveis de LDL, estabilização dos níveis glicêmicos e perda de gordura abdominal. Goji Actives (clique aqui) revelou-se capaz de queimar quatro vezes mais gordura que seus similares à base de produtos sintéticos e muito menos saudáveis.
"A comunidade científica já a considera como um grande avanço no campo da nutrição, Goji Actives é, sem dúvida, a dieta do futuro já que combina economia com eficiência."
Goji Actives foi clinicamente comprovado como eficaz na redução de gordura corporal. Sua função é mandar o seu organismo decompor e expelir o lixo tóxico existente no corpo. Quando seu corpo elimina esse lixo tóxico, passa a funcionar melhor, seu metabolismo aumenta e fica queimando gordura ao longo de todo o dia e noite.
Além da perda de peso, Goji Actives também aumenta sua energia e seu apetite sexual, reduz as oscilações de humor e mantém seu corpo saudável, combatendo doenças e problemas.
O enorme sucesso nos testes realizados em indivíduos com necessidade de perda de peso, sem apresentar nenhum tipo de contra-indicação ou efeito indesejado, levou a fórmula ser vendida nos Estados Unidos e em toda Europa com o nome de Goji Actives.
Os resultados de diversos testes indicam efetivamente que Goji Actives ajuda:
  • Perder até 15 kg em 4 semanas.
  • Aumentar os níveis de energia.
  • Eliminar toxinas indesejadas.
  • Manter o corpo saudável com antioxidantes e combater doenças.
Desde seu lançamento, primeiro nos Estados Unidos e depois na Europa,Goji Actives (clique aqui para visitar a pagina oficial) tem sido amplamente divulgado como uma grande revolução na luta contra a obesidade.

Testando Goji Actives

Para saber um pouco mais a respeito dos efeitos de (Goji Actives) nossa equipe entrou em contato com o distribuidor, e com a colaboração de nossa fotógrafa, Juliana Diniz, resolvemos testar o produto.
Leia o relato de Juliana Diniz, que necessitava perder 9 kg por recomendações medicas.
Desde pequena vivenciei problemas com peso, o efeito sanfona sempre foi constante em minha vida e confesso que não me animei muito com o produto, já que foram tantas as decepções ao longo dos meus 27 anos que mesmo lendo a pesquisa e sabendo que a empresa dava de garantia a devolução do dinheiro não consegui pensar positivamente.

Primeira Semana:

Fiz o pedido do produto na página de Goji Actives (Clique Aqui), quando recebi a embalagem, comecei a tomar diariamente.
Na primeira semana o efeito foi visível, sem mudar em nada meus hábitos alimentares e rotina diária, perdi 4 quilos, quase não acreditei e foi aí que comecei a levar a coisa a sério.

Segunda Semana:

Depois de duas semanas usando Goji Actives, comecei a semana com ainda mais energia, e até dormindo melhor do que antes. Não acordava nem me revirava mais durante a noite, pois o meu corpo foi capaz de relaxar (um resultado da eliminação das toxinas, eu acho). Além disso, consegui perder mais 3 kg, ou seja, uma inacreditável perda de 7 kg em apenas 2 semanas. Devo admitir que estou começando a acreditar que Goji Actives é mais do que uma ilusão.
Juliana Diniz- Antes e Depois de Goji Actives

Terceira Semana:

Na terceira semana continuei tomando a mesma dose e consegui perder mais dois quilos. Mesmo chegando a minha meta inicial de nove quilos continuei usando sempre a mesma dosagem e entrei na quarta semana. Todas as minhas dúvidas e o meu ceticismo se esvaíram.

Quarta Semana:

Após a quarta semana, decidi definitivamente continuar a tomar o Goji Actives, pois nunca tinha me sentido tão bem em toda a minha vida. Meu médico mal podia acreditar quando me viu. Ele disse que eu parecia mais saudável do que nunca!Goji Actives contém tantos antioxidantes e vitaminas que deixa a minha pele com uma aparência absurdamente saudável. E isso está me ajudando a me livrar de toda a gordura e manter a forma.

Conclusão:

Conclusão: se você tem dúvidas quanto aos efeitos desta dieta, precisa experimentar por si mesmo, mas comigo ela funcionou. Hoje faço uma manutenção sem nenhum tipo de privação e me sinto tão bem que acho muito difícil voltar a engordar novamente. De tudo que aconteceu, acho que o melhor efeito de Goji Actives foi o bem estar físico (me sinto 10 anos mais nova) e psicológico (quando os homens me olham na rua) que ele me proporcionou, foi uma limpeza interior, algo que me fez renascer, não sei explicar, acho que só quem sofre com problemas de peso pode entender o bem estar de se sentir magra e saudável, se olhar no espelho e gostar do que está vendo não tem preço.

Perguntas Frequentes Sobre Goji Actives:

  • Onde Comprar? Goji Actives - (clique aqui para visitar a página oficial)
  • Quanto Custa Goji Actives? 2 frascos : R$ 119,00 Você economiza: R$ 104,00 (43%)
  • Quais são as formas de pagamento? Cartão de crédito. (Pode parcelar direto no seu cartão)
  • Quantos comprimidos contém? 60 comprimidos.
  • Quanto tempo demora em chegar? Aproximadamente 7 dias em São Paulo.
  • Tem garantia? Sim. Você pode devolver o produto fechado em sua embalagem original em até 30 dias para receber seu dinheiro de volta.
  • Os estoques de Goji Actives poderão se esgotar? Recebemos recentemente a informação de que a demanda está muito alta e que os estoques poderão se esgotar a qualquer momento. Recomendamos que você encomende o seu Goji Actives antes que isso aconteça.
  • Quero perder somente alguns quilos, também posso tomar? Sim. O Goji Actives é um produto indicado para pessoas que desejam perder qualquer quantidade de peso visto que é um suplemento para qualquer tipo de dieta.
  • Tem contra-indicações? Por ser uma substância natural extraída do feijão branco por um processo científico. O Goji Actives não possui nenhuma contraindicação.
  • Precisa de prescrição médica para comprar? Não,Goji Actives não precisa de prescrição médica. Mesmo assim, lembre que sempre é melhor consultar seu médico antes de tomar qualquer suplemento.
Assista uma matéria no Programa Hoje em dia sobre esta frutinha



Dicas e truques para sair sempre bem nas fotos

Quem não quer uma foto bonita para guardar de recordação? Além disso, motivos para disparar o flash não faltam. Hoje em dia, todo mundo tem uma câmera fotográfica por perto e compartilhar os melhores momentos da vida com seus amigos nas redes sociais virou uma diversão. Aqui, você encontra truques valiosos dos profissionais que fazem as capas e os editoriais da BOA FORMA para você acertar no ângulo.

1. Se conheça Olhar-se no espelho é um ótimo exercício deautoconhecimento e que pode agregar muito no resultado final das suas fotos. "Fique se olhando, se apreciando e exercitando a autoestima até descobrir o que você tem de mais interessante", ensina o fotógrafo Fabio Heizenreder. A sua marca registrada, que pode ser o cabelão poderoso, um sorriso charmoso ou o olhar interessante, deve ser valorizada na hora de se posicionar diante das câmeras. Além disso, todo mundo tem um lado do rosto mais harmônico e que acha mais interessante. A regra é entender como a sua beleza funciona melhor.

2. Seja espontânea Ficar à vontade na hora do clique é fundamental para garantir uma imagem bonita. "Em vez de montar uma pose de modelo, seja natural e busque expressar aquele momento que está vivendo da maneira mais tranquila possível", explica o fotógrafo Chris Parente.

3. Expresse a felicidade Pensar em alguma situação que faz você muito feliz também funciona. "Feche o olhos, inspire fundo e pense em algo incrível. Lembre-se de algum momento na sua vida em que gostou muito. Deixe essa lembrança tomar conta de você, da sua expressão e do seu olhar. Automaticamente você ficará mais bonita", ensina o expert Fabio Heizenreder.

4. Acerte na pose Evite as fotos tiradas de baixo para cima. Essa posição tende a desfavorecer a silhueta, deixando-a mais cheinha. Para ganhar curvas mais harmônicas, posicione-se com os ombros de frente para a câmera e dê uma ligeira torção dos quadris para o lado. Se o seu fraco são os braços gordinhos, mantenha os ombros retos e o pescoço alinhado. Posicioná-los longe do corpo ou colocar a mão no bolso de trás da calça é um truque que também funciona. Postura e pescoço eretos são fundamentais para evitar a barriguinha e a papada no pescoço. "Imagine uma linha no topo da cabeça, que puxa você para cima, isso ajuda a manter a postura alinhada", conta Fabio.

5. Look certo Os cliques com as câmeras semiprofissionais costumam deixar a pele mais oleosa e o rosto sem recorte. Quando o flash dispara, o efeito daquele blush que você caprichou pode ser o inverso do esperado. Portanto, fique ligada nas dicas de Júnior Mendes, um expert do make:

• Na hora da base, não use um tom mais claro do que a sua pele porque você ficará ainda mais branquinha sob a luz do flash. Aposte em um tom mais escuro do que a sua cor natural.

• Para evitar a aparência de pele oleosa, use um blush mais seco, mais opaco.

• Ilumine a zona T do rosto (centro da testa, extremidades do nariz, abaixo dos olhos e queixo) para ressaltar o que realmente interessa.

• Dose bem os tons cintilantes da maquiagem para não sobressair uma região que não favorece o seu rosto.

• Se você gosta de gloss, não lambuze muito os lábios. Antes de aplicá-lo, pigmente o centro da boca com um batom opaco, dando umas batidinhas com as pontas dos dedos.

• Quando apostar no make completo, dê uma dosada na valorização. Se fizer um olhão poderoso, diminua o tom da boca para não ficar muito mascarada. Nesse caso, um batom mais seco e opaco, nos tons de boca, bege e rosa-queimado ou o próprio clássico vermelho opaco, é indicado. Se preferir uma boca mais sexy, dose na sombra
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Elegância sem dor

Dores nas costas, nos ombros, no pescoço e dor de cabeça insistente. "A causa pode estar dentro da sua bolsa", alerta o quiropraxista Felipe Trindade, de São Paulo. Grande ou pequena, o segredo é aliviar o peso que você leva dentro dela. O especialista também mostra a maneira correta de carregar esse acessório para evitar alterações no equilíbrio da postura que desencadeiam desconforto e dor.

1. Faça uma faxina na bolsa periodicamente eliminando o que for desnecessário.

2. Prefira uma bolsa com alça longa e ajustável, que passe por cima da cabeça e cruze a frente do corpo.

3. Coloque celular, chaves e outros objetos de uso frequente nos compartimentos na parte da frente da bolsa. Assim, quando for alcançá-los, você não precisa se esticar muito ou fazer movimentos bruscos, evitando o risco de mal jeito nas costas ou no pescoço.

4. Carregue o laptop ou o tablet em uma mochila, apoiada nos dois ombros. Isso evita sobrecarregar só um lado do corpo
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Aprender a comer direito, economizar, pegar firme na ginástica...


Em busca de aceitação Mudar não é fácil. Que o diga a maioria das promessas de Ano-Novo que não duram até o Carnaval. A questão é tão palpitante (e afeta tanta gente) que virou tema de um dos livros mais badalados do momento, O Poder do Hábito(editora Objetiva), do americano Charles Duhigg, há semanas na lista de mais vendidos do The New York Times. O motivo é que se livrar de um comportamento ruim vai além da força de vontade - o que, vamos combinar, já não é pouca coisa. Existe um componente de peso testando nossa persistência sempre que resolvemos mudar o rumo da vida: o cérebro, que colabora para que você se sinta melhor cultivando os velhos hábitos de sempre, por pior que sejam, do que tentando se livrar deles. Autossabotagem? Não, questão de evolução. "Fomos selecionados para dar valor àquilo que aumenta nossa chance de sobrevivência", explica André Frazão Helene, coordenador  do Laboratório de Ciências da Cognição e professor do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP). Ele usa um exemplo básico (mas que é um drama para muitas de nós) para explicar a teoria. "Açúcar e gordura, por exemplo, são fontes ricas de energia, fundamental para a vida. Se, antes, esses alimentos eram de difícil obtenção, hoje estão logo ali, ao alcance da mão na prateleira do supermercado", fala. "Um costume positivo em tempos ancestrais - comer o máximo de açúcar e gordura disponíveis -, se tornou um problema e um hábito que muita gente sofre para abandonar."

Piloto automático Nosso cérebro é programado para trabalhar com economia de energia, realizando várias tarefas de modo mecânico enquanto deixa espaço para a cabeça focar em outras. "Hábitos são sequências de ações aprendidas depois de muita repetição, até que passam a ser executadas com o mínimo de esforço mental", resume o alemão Wolfram Schultz, professor de neurociência da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Isso explica por que acordar cedo para ir à academia não parece uma boa ideia para o cérebro nas tentativas iniciais. Ele precisa, primeiro, aprender a fazer isso. Depois de alguma insistência, passa a gostar do estímulo das endorfinas e aí, sim, está formado o hábito. O tempo que isso leva varia de uma pessoa para outra, mas alguns especialistas defendem que três semanas é tempo suficiente para conseguir.

Prazer que vicia Existem vários tipos de hábitos. Quando um pedaço de chocolate dissolve na sua boca, por exemplo, ocorre uma descarga de dopamina, neurotransmissor ligado ao prazer, que converge para uma área cerebral chamada de centro de recompensa. Se uma substância (como o açúcar e a maioria das drogas) estimula a produção de dopamina repetidas vezes, desencadeia uma espécie de dependência: você sabe que não é bom exagerar, mas é difícil resistir. O professor Wolfram Schultz, de Cambridge, estuda os mecanismos da aprendizagem há mais de 20 anos e descobriu que, depois de algum tempo repetindo um comportamento, o cérebro passa a antecipar a recompensa. No caso daquele pedaço de chocolate, você sente o gostinho antes de encostá-lo na língua - o que torna mais difícil não se render a ele. Difícil, mas não impossível. "É possível mudar o vínculo com a comida estabelecendo ligações com a sua qualidade de vida, saúde, autoestima - qualquer coisa que distancie de comer apenas pela satisfação imediata", diz André Frazão Helene.
Muitas vezes, repetimos um modo de ser ou fazer porque, assim, seremos amadas e admiradas. "Um comportamento é a expressão de fatores que envolvem nossas memórias e valores", diz André Frazão Helene. O americano Timothy Wilson concorda. "Ações viram hábitos quando conversam com nossa história e desejos." Por exemplo, uma menina que sentia falta da atenção dos pais pode crescer acreditando que há algo de errado com ela. Mais tarde, quando se apaixona, pode acabar afastando o parceiro ou se envolvendo sempre com o mesmo tipo cafajeste por, inconscientemente, sentir que não merece carinho verdadeiro. Situações estressantes também podem desequilibrar o funcionamento neural, facilitando o aparecimento de hábitos nocivos.

Passo a passo da mudança

Há vários jeitos de criar novos hábitos. Um deles, mostrado no livro O Poder do Hábito, parte dos quatro pontos abaixo. "É um modelo que explica como se formam as memórias e ajuda a vencer hábitos ruins", diz André Frazão Helene, da USP.
A ROTINA: Identifique o comportamento que quer mudar. Por exemplo, toda tarde, por volta de 16h30, você levanta da sua cadeira do escritório e vai com as amigas até a lanchonete para comprar um bombom.

A RECOMPENSA: O que você realmente busca quando vai à lanchonete? Se alimentar? Fazer uma pausa no trabalho? Conversar com as amigas?

A DEIXA: Essa é a parte mais difícil. Preste atenção no que desencadeia o processo de levantar para ir à lanchonete. Anote padrões que se repetem no momento anterior ao impulso de levantar. Você se sente ansiosa, estressada, entediada? Está sempre com fome nesse horário?

O PLANO DE AÇÃO: Entendendo o que está por trás de um hábito, é possível trocá-lo por outro. Se o motivo é o tédio, caminhar ou sair para um café produz o mesmo efeito. Quando quer socializar, dá para ir até a mesa de alguém bater um papo. Se é a fome que chega às 16h30, uma fruta ou um iogurte (e não um bombom) resolve.

A técnica dos 21 dias 

Estabelecer um prazo para ver a transformação aumenta as chances de sucesso. "A tendência do indivíduo é querer resultados imediatos", diz o coach pessoal e empresarial Antonio Azevedo, do Rio de Janeiro. Só que o cérebro não consegue aprender em tão pouco tempo, e três semanas é uma espécie de consenso quando o assunto é o tempo necessário para adquirir um novo hábito.

SEMANA 1No começo, a motivação em deixar um comportamento ruim libera endorfina, gerando uma sensação de prazer e euforia. O mais comum é ser firme na decisão de mudar.

SEMANA 2 Pode aparecer a vontade de largar tudo e voltar ao conforto do hábito antigo. "O stress gerado pela mudança aumenta a produção de cortisol, deixando você irritada", diz
Azevedo. Por isso é preciso ter força e não desistir.

SEMANA 3 É aqui que os primeiros resultados começam a aparecer - e, com eles, a motivação, a satisfação e um up na autoestima. Está aberto o caminho para a mudança e, se bobear, você já nem lembra do costume ruim que deixou para trás.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Ervas e especiarias estimulam a queima de calorias e gordura

Variar as ervas e especiarias na hora de temperar as sopas estimula o organismo a queimar calorias e ajuda a emagrecer até 4 kg em 20 dias


Sopa no jantar ajuda a aquecer e também a emagrecer
Foto: Sheila Oliveira/Empório Fotográfico
Tomar sopa no jantar é sempre uma boa pedida para emagrecer. Mas, no inverno, essa receita contra os quilinhos extras fica mais eficaz e gostosa. Consumida quentinha, espanta o frio e acalma a fome mais facilmente, deixando você satisfeita com menos comida. E, por ser líquida, rende uma refeição de fácil digestão, garantindo um sono tranquilo - mais um ponto a favor da dieta, como a ciência provou: quem dorme bem engorda menos!

Para fazer você perder peso, no entanto, a sopa deve ser completa (combinar proteína magra e carboidrato complexo), sem deixar de ser leve. Esqueça também de acompanhá-la com pão, torrada e outros itens que pesam na balança. Feito isso, não tem erro: você emagrece! E dá para acelerar esse processo e entrar naquele jeans ainda mais rápido. Como? Capriche no tempero!

Invista principalmente em ervas e especiarias como alecrim, cardamomo, cúrcuma, gengibre, manjericão, orégano, pimenta e salsa. "São ingredientes que ressaltam o sabor sem acrescentar calorias", diz a nutricionista Vanessa Leite, diretora da Clínica Emagrecimento, Saúde e Beleza, em Porto Alegre. Melhor ainda: aceleram a queima de gordura, desintoxicam, desincham ou combatem a inflamação nas células. Quando coloca esses temperos na sopa, você tende a usar menos sal, o que faz o organismo reter menos líquido. E tudo isso dá um bom empurrão na perda de peso.

A dieta tem mais um segredo para otimizar o resultado na balança: pôr na sopa pelo menos dois tipos de tempero e, no dia seguinte, mudar a combinação. Se você usar cúrcuma e salsa na segunda-feira, por exemplo, opte por pimenta e orégano na terça. "Variar esses ingredientes estimula o organismo a ficar menos resistente à perda de peso", afirma Vanessa.

Mas, se existe uma receita leve e completa que você ama, sem problemas: prepare-a do jeito que está habi­tuada. E, claro, incremente-a com as ervas e especiarias que emagrecem - além de gostosa, sua sopa vai ganhar o poder de exterminar as gordurinhas. Delícia!
Os condimentos acrescentados à sopa ajudam a acelerar a queima de calorias
Foto: Dreamstime

Ervas que afinam a cintura

Os temperos dão mais sabor à sopa, além de agitar o metabolismo, aumentando a queima de gordura. Também combatem a inflamação, o que deixa o organismo menos resistente à perda de peso. Combine-as a gosto.

Alecrim: contém substâncias antioxidantes, anti-inflamatórias e capazes de facilitar a digestão.
· Quanto adicionar à sopa: 2 ramos da erva fresca ou 1 colher (sobremesa) da erva desidratada por porção.

Cardamomo: os compostos bioativos desse tempero aceleram o metabolismo.
· Quanto adicionar à sopa: 1 colher (café) das sementes do cardamomo por porção.

Cúrcuma: essa raiz reduz a irrigação sanguínea no tecido adiposo, enfraquecendo a reserva de gordura. E, por ser rica em curcumina (pigmento amarelo-ouro), tem ação antioxidante e anti-inflamatória.
Quanto adicionar à sopa: 2 colheres (café) da cúrcuma em pó por porção.

Gengibre: em pó ou ralado, acelera em até 20% o gasto calórico graças à ação termogênica da substância zingiberine, presente em sua composição.
· Quanto adicionar à sopa: 1 pedaço (3 cm) de gengibre fresco ralado ou 1 colher (café) da raiz em pó por porção.

Manjericão: tem ação desintoxicante, livrando o organismo do excesso de toxinas.
· Quanto adicionar à sopa: 1 colher (sopa) de manjericão fresco por porção.

Orégano: estimula a produção de enzimas responsáveis pela digestão dos carboidratos (batata, pão). Também é antioxidante e levemente diurético.
· Quanto adicionar à sopa: 1 colher (sobremesa) de orégano fresco ou desidratado por porção.

Pimenta: rica em capsaicina (substância que dá o sabor picante), reduz a fome e acelera a queima de calorias.
· Quanto adicionar à sopa: 1/6 de pimenta dedo-de-moça sem as sementes picada ou 1/4 de colher (café) de caiena em pó por porção.

Salsa: tem efeito diurético (especialmente quando é aquecida), reduzindo a formação de gases e o inchaço abdominal. As substâncias presentes na folha também facilitam a digestão e ajudam o organismo a se livrar das toxinas.
· Quanto adicionar à sopa: 1 colher (sopa) de salsa fresca ou desidratada por porção.

Como se prevenir e tratar as temidas varizes

As veias engrossam e a circulação é prejudicada - são as varizes que aparecem e provocam problemas que vão além da estética. Saiba como se cuidar para evitá-las

Quem não quer perder a elegância deve limitar o tempo de uso do salto
Foto: Getty Images
“Varizes são vasos sanguíneos dilatados e tortuosos que, geralmente, aparecem nas pernas”, diz o médico Celso Bregalda Neves, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. O problema incomoda por razões que vão além da estética. “Como afeta a circulação do sangue, é comum surgirem dores e a sensação de peso”, afirma. Embora as mulheres sejam mais acometidas por razões hormonais e pela gravidez, a ala masculina não está livre da encrenca. Afinal, as veias podem inchar quando a obesidade dá as caras.


ADEUS AO TORMENTO

Para prevenir as varizes, vale manter o peso adequado, botar as pernas pra cima quando for descansar, evitar ficar horas de pé e praticar atividade física. Mas, quando o problema já se instalou e, o que é pior, compromete a qualidade de vida, o médico pode indicar a cirurgia. O procedimento retira a veia defeituosa com a ajuda de aparelhos e por meio de pequenos cortes.


MEIA ELÁSTICA, UMA ALIADA CONTRA O MAL

Sim, ela funciona. É que a compressão facilita o fluxo de sangue e evita inchaços. Mas, antes de comprar a meia, é preciso verificar, junto ao médico, a medida da panturrilha – músculo conhecido como barriga da perna. Isso evita apertos.


HORA DE DESCER DO SALTO

Será o sapato alto um vilão? A resposta é sim, mas para os modelos que têm mais de 7 centímetros. Passar muito tempo com esse tipo de calçado atrapalha a movimentação da panturrilha e isso piora o retorno do sangue dos pés para o coração. Uma dose de cautela é importante, especialmente para as mulheres com predisposição para o problema.


TEIA NAS PERNAS

Diferente das varizes, que ultrapassam 3 milímetros de calibre, os vasinhos são finos, atingem 1 milímetro. Também são mais aparentes, já que ficam na camada superficial da pele. Para se livrar deles, há injeções com substâncias que provocam reações nos vasos, daí eles secam. E não farão falta nenhuma. É que existem muitas veias nas pernas.


VARIZES CAUSAM TROMBOSE?

São dois problemas distintos. A variz se dá pela alteração das paredes das veias, o que atrapalha o fluxo sanguíneo. Já a trombose é a formação de coágulos nos vasos e isso impede a passagem do sangue. Essas bolotas – ou trombos – são perigosas, pois podem atingir os pulmões e prejudicar seu funcionamento
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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Tapioca: quatro motivos para incluir o alimento na sua rotina

ela tem apenas 70 calorias e pode substituir o pão branco!

Imagem ilustrativa / Foto: Getty Images


Fazer substituições inteligentes faz parte de uma alimentação saudável. De acordo com a nutricionista Andrea Santa Rosa, a tapioca é versátil e pode ser amiga da dieta também. “Uma colher de sopa do alimento possui apenas 70 calorias”, explica a especialista. A seguir, confira quatro ótimos motivos para inserir já a tapioca na sua rotina alimentar.

Veja também: dez opções de receita doces e salgadas feitas com tapioca

Um pão francês tem cerca de 140 kcal e uma tapioca de massa fina possui cerca de 70 kcal. 
  • 1
    Não contém glúten
    “A tapioca não possui a gliadina, uma proteína presente no glúten que colabora para o aumento da inflamação do organismo e da gordura abdominal”, diz Andrea. O alimento também pode ser consumido por diabéticos.
  • 2
    Substitui o pão branco
    Para um café da manhã light, Andrea Santa Rosa recomenda substituir o pão branco por tapioca. “O alimento pode ser consumido todos os dias, sem contraindicações. Vale lembrar que o pão branco é proveniente de uma farinha refinada, pobre em nutrientes (vitaminas e minerais). Ele ainda contém glúten, rico em proteínas que não são digeridas pelo intestino”.
  • 3
    Amiga da dieta
    Pouco calórica, a tapioca é uma opção saudável quando combinada a recheios e acompanhamentos que seguem a dieta. “Recomendo acrescentar um ovo mexido, pasta de humus com páprica e um fio de azeite com orégano. Se preferir um alimento doce, escolha geleia sem adição de açúcar”, diz a nutricionista.
  • 4
    Prática e versátil
    A tapioca pode ser preparada em formato de panqueca e até pizza. “Esta última opção é excelente para o jantar. Basta substituir a massa tradicional, regar com molho de tomate, acrescentar mussarela de búfala e manjericão”, orienta Andrea. Para uma tapioca nutritiva, a nutricionista recomenda o acréscimo de sementes de chia à sua preparação.