1. Pense em quem você é, como gostaria de ser e o que fará para alcançar esse objetivo
“Ao fazer isso, tenha em mente que a obesidade não é um problema seu, mas uma epidemia mundial. Isso ajuda a aliviar o sentimento de culpa. Tente também não buscar apenas um motivo para justificar o fato de ter engordado. Seu peso é resultado de uma série de fatores. E lembre-se de que idade não é sinônimo de excesso de peso. Muita gente usa essa desculpa para os quilos a mais. Por fim, leve em conta que a família e os amigos são essenciais durante o processo de emagrecimento. Se eles não lhe derem apoio, repense suas companhias.”
2. Encare o regime como uma operação global
“O programa que criei é multidisciplinar. Nutricionistas, educadores físicos e terapeutas trabalham juntos. Nas clínicas, são oferecidas aulas de ioga e caminhadas. Também há encontros semanais de terapia em grupo, nos quais todos são estimulados a compartilhar dificuldades. Trata-se, sobretudo, de melhorar a atitude dos pacientes em relação à vida. Estamos diante de uma geração que pode viver menos que seus pais por causa de doenças relacionadas à obesidade. Emagrecer não deve ser encarado apenas como questão estética.”
3. Descubra por que está comendo tanto
“As mulheres correspondem a 80% dos meus pacientes, e isso é natural, já que têm metabolismo mais lento e menos massa magra. Por isso, engordam com mais facilidade. Para elas, ganhar peso está, em geral, ligado a insatisfações pessoais ou profissionais – ou com períodos de stress, que geram compulsão alimentar. Têm, porém, mais disposição para se tratar – e o gatilho costuma ser a opinião dos filhos, do parceiro ou a proximidade de uma data especial, como o aniversário. Desvendar o motivo do descontrole é o primeiro passo para curá-lo.”
4. Melhore sua relação com a comida
“Meu método se baseia no tripé ‘corte, medida e distância’. Primeiro, livramos o paciente do vício, ajudando-o a cortar excessos à mesa. Em seguida, ensinamos a medida – quanto deve comer – e o levamos a identificar pratos e guloseimas que lhe causam compulsão para que se mantenha conscientemente distante deles. Mas muitos gordos nem gostam de comida; ela é apenas uma resposta a seu estado de ansiedade e culpa. Eles só precisam mastigar, não importa o quê. Livrar-se desse vínculo é dificílimo. Até porque você pode viver sem drogas, mas não sem alimentos. Então, não dá para eliminá-los da vida.”
5. No almoço e no jantar, tome antes um caldo
“Depois, coma um prato de salada. Assim, você chega com menos fome ao prato principal e come menos. A sobremesa da minha dieta costuma ser gelatina. Nos primeiros meses do programa, há um corte abrupto na alimentação: é permitido consumir, no máximo, 900 calorias por dia, sem direito a açúcar e carboidratos – nem integrais, só mesmo os presentes em frutas e vegetais. O emagrecimento é rápido e chega a 7% do peso corporal em um mês. Por isso, o método é recomendado para quem precisa perder dezenas de quilos. Após atingir o peso indicado, vem a fase de manutenção, quando outros alimentos são, pouco a pouco, reintroduzidos na dieta.”
No Brasil, que abriga um quinto de seus pacientes, o médico tem três clínicas – em SãoPaulo, Salvador e Brasília – e lança um novo livro, Entre Abrir e Fechar a Boca (Guarda-Chuva)
.jpg)
.jpg)
.jpg){kind=link}